06 setembro 2012

É disso que eu tenho falado

Tinha também aquela vontade de relembrar o que se perdeu em alguma esquina daquela viela de ruas quase iguais. Estacionar o tempo, e voltar a brincar do que se esqueceu ao por os saltos altos.
Talvez sair pela noite e contar estrelas, beijar o vento, correr sem pressa de chegar, sem aquela obrigação de chegar, brincar de verdade, pique, pega-pega, policia ladrão.
Que saudade da amarelinha que ficou escondida, sim aquela amarelinha onde o céu era o limite, onde está? Pular pra cima, nadar contra a correnteza com aquela certeza que era a melhor nadadora do mundo, só porque conseguiu sair do lugar.
Era essa vontade, um tanto nostálgica, lembrar-se dos momentos, onde viver com alegria era a única regra. Onde o desejo maior era por a pipa no céu, escalar a goiabeira, alcançar o galho mais alto.
Podia tomar banho de chuva sem o medo de resfriar, navegar mais longe na imaginação de quem sabia sonhar…

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