Tinha também aquela vontade de relembrar o que
se perdeu em alguma esquina daquela viela de ruas quase iguais. Estacionar o
tempo, e voltar a brincar do que se esqueceu ao por os saltos altos.
Talvez sair pela noite e contar estrelas, beijar
o vento, correr sem pressa de chegar, sem aquela obrigação de chegar, brincar
de verdade, pique, pega-pega, policia ladrão.
Que
saudade da amarelinha que ficou escondida, sim aquela amarelinha onde o céu era
o limite, onde está? Pular pra cima, nadar contra a correnteza com aquela
certeza que era a melhor nadadora do mundo, só porque conseguiu sair do lugar.
Era essa vontade, um tanto nostálgica,
lembrar-se dos momentos, onde viver com alegria era a única regra. Onde o
desejo maior era por a pipa no céu, escalar a goiabeira, alcançar o galho mais
alto.
Podia tomar banho de chuva sem o medo de
resfriar, navegar mais longe na imaginação de quem sabia sonhar…
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